Vasco vai vender a SAF? Quem é futuro comprador?

Beatriz Carvalho

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O Vasco tem conversas avançadas para a venda da SAF (Sociedade Anônima do Futebol). O time está sem recurso de investidor há um ano e meio e pode entrar em 2026 com mudanças significativas no caixa. O interessado na compra é conhecido no futebol. O AllSportsPeople traz detalhes sobre a possível venda.

Vasco vai vender a SAF?

De acordo com o jornalista Lucas Pedrosa, Marcos Faria Lamacchia surge como principal interessado no negócio. O empresário filho de José Lamacchia, marido de Leila Pereira, presidente do Palmeiras, negocia com a diretoria de Pedrinho, hoje no controle da SAF. 

As conversas entre representantes do Vasco e o grupo interessado vêm ocorrendo tanto de forma virtual quanto presencial, com reuniões realizadas no Rio. Entre os temas discutidos estão a reestruturação patrimonial, investimentos em infraestrutura, aporte direto no futebol e a consolidação de um projeto de retomada do clube no cenário nacional.

Marco Lamacchia já teria, inclusive, assinado um acordo de confidencialidade (NDA), o que lhe permitiu acesso a documentos sobre a situação financeira do clube. Internamente, trabalha-se com a possibilidade de um investimento superior a R$ 2 bilhões ao longo dos próximos cinco anos. 

Hoje, a divisão de ações da SAF vascaína é a seguinte:

  • 30% pertencem ao clube associativo
  • 31% pertencem à 777, que os comprou em aportes desde 2022
  • 39% em discussão na arbitragem.

Para vender a parte que está em discussão na arbitragem, será necessário um acordo ou uma decisão judicial a favor do Vasco.

Para ficar com a SAF do Vasco de forma majoritária, o empresário precisará fechar com duas partes: a A-CAP (atual controladora dos ativos da 777 Partners), e o próprio Vasco associativo. 

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Quem é Marcos Faria Lamacchia?

O empresário é fruto do antigo casamento entre José Roberto e Junia Faria, filha do banqueiro Aloysio de Andrade Faria, que por anos integrou a lista de bilionários da revista Forbes. Morto em 2020, Aloyisio comandou o antigo Banco Real, hoje fundido ao Grupo Santander. Anos depois, fundou o conglomerado Alfa, de empresas de ramos como o bancário, de seguros, de construção e do agronegócio.

Marcos aparece como herdeiro de Junia e José Roberto. Em paralelo, o empresário construiu seu próprio caminho no mercado financeiro. Desde 2008 é sócio-fundador e CEO da Blue Star, empresa de consultoria financeira e de investimentos sediada em São Paulo. 

O filho de Lamacchia também foi diretor da Crefisa por muitos anos e também trabalhou no banco Alfa. Marcos é formado em Administração de Negócios com especialização em Contabilidade e Direito Empresarial pela Universidade de Miami e especializado em Direito Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

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