SAFiel: o que disse relatório do Corinthians sobre o projeto

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Reprodução de internet

O departamento de compliance do Corinthians produziu um relatório sobre a SAFiel e apontou pontos que precisam de esclarecimentos antes de qualquer possível parceria.

Segundo o documento, a análise interna classificou como "pendentes de explicação" três aspectos principais:

  • a recente fundação da SAFiel;
  • o capital social de apenas R$ 3 mil;
  • a participação de Maurício Chamati como um dos sócios.

A SAFiel – oficialmente registrada como Invasão Fiel S/A – foi criada em 18 de julho deste ano, o que levantou dúvidas quanto à sua experiência no mercado. O baixo capital inicial também chamou atenção, gerando incertezas sobre a capacidade de captar os R$ 2 bilhões prometidos no projeto.

A informação foi inicialmente publicada pelo site UOL.

O relatório ainda cita que Maurício Chamati, sócio da SAFiel, integrou o Comitê Independente de Finanças durante a gestão do ex-presidente Augusto Melo, em 2024. Nesse grupo, ele teria tido acesso a dados confidenciais do clube, o que levantou suspeitas de possível uso dessas informações na elaboração da proposta da SAFiel.

Em nota, a atual diretoria do Corinthians afirmou que é procedimento padrão do clube realizar verificações sobre todos os possíveis parceiros.

O que é a SAFiel

A SAFiel propõe transformar o Corinthians em uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF), com gestão profissional e estrutura empresarial independente do clube social.

O plano prevê que a Invasão Fiel S/A seja uma holding responsável por todo o departamento de futebol – masculino, feminino e de base. Essa nova empresa teria ações negociáveis no mercado, divididas em duas categorias:

  • Ações para torcedores-investidores, obrigatoriamente sócios ou membros do programa Fiel Torcedor, com direito a voto;
  • Ações para investidores institucionais, sem direito a voto.

Cada acionista teria limite de 1,8% do poder de voto, mesmo que possuísse participação maior, evitando concentração de poder.

O projeto estima levantar entre R$ 1,6 bilhão e R$ 2,5 bilhões, valor que seria destinado à reestruturação das dívidas (inclusive da Neo Química Arena), à modernização dos centros de treinamento, à melhoria da infraestrutura, além de investimentos em elenco, governança e compliance.

O Corinthians possui atualmente dívida estimada em R$ 2,7 bilhões. Com a criação da SAF, o clube social ficaria livre desses débitos, passaria a receber royalties mensais e poderia focar em suas atividades esportivas e sociais.

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