Com acesso garantido ao Brasileirão de 2026, o Remo estava distante da Série A do Campeonato Brasileiro desde 1994 – em um período marcado por rebaixamentos, temporadas sem calendário, crises administrativas e breves reações. Entre a queda de 94 e o acesso que está próximo, o Leão Azul atravessou todos os degraus do futebol nacional, viveu seus piores anos e também seus renascimentos.
Em 1994, o Remo fazia sua última aparição na elite, em um Brasileirão com formato totalmente diferente. A temporada marcou o fim de uma era: o clube foi rebaixado na repescagem, terminando em sétimo e penúltimo lugar entre os oito participantes dessa fase. Curiosamente, a queda aconteceu logo após a melhor campanha de sua história – o oitavo lugar em 1993. Mesmo com um elenco reforçado, que tinha Clemer, Belterra, César Pernil, Rogerinho, Helinho, Mazinho, Cleberton e Cuca, o time não sustentou o desempenho. Ainda assim, protagonizou um feito de peso: goleou o Cruzeiro por 5 a 1 no Mineirão.
O Brasileirão de 1994 reuniu 24 clubes divididos em quatro grupos de seis. Os quatro primeiros avançavam; os dois últimos iam para a repescagem, onde todos se enfrentavam em turno e returno. Foi ali que o Remo desandou, sacramentando o rebaixamento ao lado do Náutico.
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Os anos mais difíceis do Remo: temporadas sem calendário e crises profundas
A ausência prolongada na elite abriu uma fase de instabilidade que se tornou rotina. Entre 2009 e 2011, o Remo chegou ao ponto mais crítico de sua história: ficou sem disputar qualquer divisão nacional duas vezes no intervalo de três anos.
O episódio mais marcante aconteceu em 2011. Depois que o Paysandu venceu o primeiro turno do Parazão, o Remo precisava obrigatoriamente eliminar o Independente nas semifinais para manter vaga na Série D. No Mangueirão, venceu o primeiro jogo por 1 a 0, gol de Elsinho. Porém, na volta, em Tucuruí, diante de um Navegantão lotado, o Independente virou com gols de Evandro e Marçal ainda no primeiro tempo. A situação se agravou com as expulsões de Elsinho e Finazzi, além da invasão de um torcedor azulino em protesto.
Sem reação, o Leão ficou novamente sem calendário. O Independente, embalado, conquistou o título do Parazão – o primeiro da história de um clube do interior – e representou o Pará na Série D de 2011 e na Copa do Brasil de 2012.
O renascimento do Remo e o retorno à elite
A virada começou com reorganização interna e reconstrução esportiva. Em 2015, o Remo conquistou o acesso da Série D para a Série C. Já em 2024, subiu da Série C para a B. Agora, embalado por uma reação marcante dentro da segundona, conseguiu o histórico retorno para a Série A.
O LEÃOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO SUBIUUUUUOOOOOOOOOOUU! 🦁#OReiDaAmazônia pic.twitter.com/FtdMyJRdFi
— Clube do Remo (@ClubeDoRemo) November 23, 2025
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