O PSG tem uma forte ligação com o Catar, país que sedia o Intercontinental, competição que o clube faz a final contra o Flamengo, nesta quarta-feira (17/12), às 14h (de Brasília). Mas o clube francês pertence ao governo do país? É ajudado pelo território do Oriente Médio? O AllSportsPeople mostra.
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O PSG pertence ao Catar?
A estrutura do PSG funciona através da Qatar Sports Investments (QSI), que comprou o clube em 2011. A QSI é uma subsidiária da Qatar Investment Authority (QIA), o Fundo Soberano do país, responsável por gerir as riquezas nacionais oriundas do petróleo e do gás.
Portanto, todo o capital injetado no time vem diretamente dos cofres estatais, e a cadeia de comando leva à família real e ao Emir Tamim bin Hamad Al Thani. O presidente do clube, Nasser Al-Khelaifi, atua como o gestor de confiança desses interesses, garantindo que as diretrizes do Estado sejam cumpridas.
A ligação do Catar com o PSG é estratégica e geopolítica, servindo como uma ferramenta de "Soft Power". Ao adquirir uma marca global sediada em Paris, uma das cidades mais importantes do mundo, o Catar projeta influência e relevância cultural na Europa.
Durante anos, o clube serviu como um grande outdoor para promover o país. As contratações de superestrelas como Neymar, Messi e Mbappé não visavam apenas o desempenho esportivo, mas funcionavam como marketing global para validar o Catar como uma potência esportiva e turística.
Recentemente, a QSI vendeu uma pequena fatia minoritária para o grupo americano Arctos Partners, mas o controle absoluto permanece com o grupo catari.
Valor da fortuna dos donos do PSG
O Emir do Catar, Tamim bin Hamad Al Thani, tem sua riqueza pessoal estimada de formas bastante divergentes conforme a fonte. Alguns relatórios apontam que seu patrimônio líquido pessoal está na faixa de cerca de US$ 2 a 3 bilhões, valor que reflete diretamente ativos atribuídos a ele individualmente em vez de todo o patrimônio estatal ou da extensa família real. Essa estimativa considera suas participações e propriedades pessoais, embora boa parte da enorme riqueza ligada ao Catar – como o controle sobre o fundo soberano e receitas do gás natural — não seja totalmente atribuída diretamente ao seu patrimônio pessoal em rankings tradicionais.
Por outro lado, há menções de que o total de bens ligados à família Al Thani, incluindo vastos ativos estatais e investimentos globais, pode somar centenas de bilhões de dólares, mas esta é uma estimativa ampla do patrimônio familiar e não apenas do Emir em nome próprio.
Sobre Nasser Al-Khelaifi, estimativas de mercado e de jornalistas especializados em finanças estimam que, levando em conta salários, bônus e investimentos pessoais, seu patrimônio esteja em uma faixa entre US$ 1,2 bilhão e até US$ 8 bilhões, dependendo do método de cálculo e dos ativos considerados.
Qatar Airways e PSG: valores
Em termos de valores, estima-se que o acordo de patrocínio da Qatar Airways ao PSG gire em torno de 60 a 70 milhões de euros por ano (aproximadamente R$ 370 a R$ 430 milhões). Esse montante é crucial para o clube respeitar as regras do Fair Play Financeiro da UEFA, já que gera uma receita comercial massiva que "justifica" os altos gastos com salários.
O ponto mais interessante (e polêmico) é a conexão "caseira" desse negócio. O PSG é propriedade do Qatar Sports Investments (QSI), um fundo ligado ao governo do Catar. A Qatar Airways, por sua vez, é a companhia aérea estatal do mesmo país.
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