Por que o Flamengo ficou mais perto da construção de estádio? Entenda

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O projeto do estádio próprio do Flamengo ganhou um impulso decisivo nos últimos dias, pois o clube conseguiu avançar em uma etapa considerada fundamental: a posse definitiva do terreno do Gasômetro. Isso só foi possível após o Conselho Curador do FGTS aprovar o Termo de Conciliação que trata do reequilíbrio econômico-financeiro da desapropriação da área. Com o parecer favorável, o caminho burocrático foi destravado e o Rubro-Negro passou a ter segurança jurídica para seguir com o planejamento da obra.

A decisão, tomada na última quinta-feira (19/12), confirmou um acordo que vinha sendo costurado desde o ano passado. Apesar de já existir um entendimento anterior, o documento passou por ajustes técnicos em setembro, o que resultou em um aumento no valor final pago pelo clube. Ficou definido que o Flamengo desembolsará um adicional de R$ 23,6 milhões, parcelado em cinco anos e corrigido monetariamente, como parte das compensações previstas no Termo de Conciliação.

Com isso, o montante de R$ 138,1 milhões pagos à vista no leilão realizado em julho de 2024 foi reajustado. Esse acréscimo está diretamente ligado às exigências para o reequilíbrio financeiro do processo e foi determinante para garantir o apoio do FGTS ao projeto do estádio, considerado estratégico pelo clube.

Quando o estádio do Flamengo vai ficar pronto?

A partir da aprovação, o Flamengo passa a concentrar esforços nas próximas fases administrativas e técnicas que antecedem o início das obras. Em declaração feita em setembro, o presidente Luiz Eduardo Baptista afirmou que a expectativa é de que o estádio fique pronto a partir de 2034, podendo se estender até 2036, dependendo de variáveis externas.

Esse prazo é mais longo do que o inicialmente previsto pela gestão anterior, que trabalhava com a possibilidade de inauguração em 2029.

Quanto vai custar o estádio do Flamengo?

A atual diretoria sustenta que os custos do projeto original foram subestimados. Estudos da Fundação Getulio Vargas apontaram que, com atualização de inflação, insumos e contingências, o valor total da obra poderia chegar a R$ 2,66 bilhões. Ainda assim, com alterações no escopo do projeto para torná-lo mais enxuto, o clube acredita ser possível reduzir o custo estimado de R$ 3,1 bilhões – projeção revisada do plano anterior – para cerca de R$ 2,2 bilhões. No ano passado, a previsão divulgada era de R$ 1,9 bilhão.

No curto prazo, o Flamengo terá como prioridades o acompanhamento do processo de remanejamento da Naturgy junto à Prefeitura do Rio, a demolição e limpeza do terreno – tarefas que ficarão sob responsabilidade do clube –, além da tramitação legislativa das CPACs e da assinatura do Termo Definitivo com a AGU, a Caixa e o município. Já pensando no médio e longo prazos, o foco passará a ser a elaboração do projeto executivo que dará forma definitiva ao futuro estádio rubro-negro.

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