Apesar da classificação para as quartas de final da Libertadores, o ambiente nos bastidores do São Paulo está passando por uma certa turbulência. Na véspera do duelo contra o Atlético Nacional na competição, uma mensagem vazada de um grupo de WhatsApp causou desconforto na diretoria tricolor.
A situação teve início após o empate contra o Sport por 2 a 2, no último sábado (16). O diretor de comunicação do São Paulo, José Eduardo Martins, enviou uma mensagem privada no grupo oficial da imprensa que acompanha o clube.
No texto, ele escreveu: "Vou vazar que o Boca queria emprestar de graça o Henrique e o presidente segurou." A declaração, apagada logo após o envio, foi "printada" e acendeu o alerta nos bastidores.
O jogador em questão é Henrique Carmo, atacante formado na base do clube. No dia da mensagem, ele havia entrado na partida contra o Sport e tido papel decisivo na reação do time, que buscou o empate após estar perdendo por 2 a 0.
Print vazado acentua racha nos bastidores do São Paulo.
— Planeta do Futebol 🌎 (@futebol_info) August 21, 2025
No fim de semana, o diretor de comunicação do Tricolor enviou uma mensagem sem querer em um grupo e apagou, mas deu tempo de tirarem print.
Na mensagem, o diretor dizia: “Vou vazar que o Boca tentou emprestar o Henrique de… pic.twitter.com/RJeDaEMJoN
Diretoria age para conter crise no São Paulo
Na referida mensagem, o nome "Boca" é um apelido usado para se referir a Carlos Belmonte, diretor de futebol do São Paulo, conhecido entre parte da torcida como "boca de farofa".
Com o jogo contra o Atlético Nacional chegando, a diretoria agiu de modo a amenizar os impactos da situação. O objetivo era evitar uma crise interna que pudesse prejudicar o clube às vésperas de um dos jogos mais importantes da temporada.
Com isso, a versão apresentada por José Eduardo Martins como justificada para a mensagem foi de que se tratava de uma brincadeira interna entre colegas, enviada acidentalmente ao grupo da imprensa.
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Situação política no São Paulo
Com o fim do mandato de Julio Casares se encerrando no fim de 2026, as movimentações políticas dentro do São Paulo já tomam forma. Carlos Belmonte é um dos nomes mais cotados como possível sucessor, dado o papel central na atual gestão e a influência que possui nos bastidores do clube.
Por outro lado, Casares ainda não teria demonstrado apoio a uma eventual candidatura de Belmonte. Pelo contrário, segundo a imprensa especializada o atual presidente está mais inclinado a apoiar outro candidato, Márcio Carlomagno, CEO do clube e braço direito de Casares.
Assim, internamente, a mensagem foi vista como um movimento estratégico para desgastar Belmonte e abrir espaço para um novo nome no cenário eleitoral tricolor.
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