Um tribunal trabalhista de Paris determinou, nesta terça-feira (16), que o PSG indenize o jogador Kylian Mbappé. A quantia se refere a salários e bônus que não teriam sido quitados pelo clube. A decisão vem após meses de disputa judicial entre as partes.
Mbappé alegou que o clube reteve pagamentos relativos aos meses de abril, maio e junho de 2024. Com isso, o clube parisiense terá que pagar 60 milhões de euros (cerca de R$ 332 milhões) ao atacante.
O processo ganhou força pouco antes da saída do jogador do futebol francês, quando ele deixou o PSG ao fim do contrato para se transferir para o Real Madrid.
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Entrave entre Mbappé e PSG
Segundo o entendimento do tribunal, o PSG deixou de pagar três meses de salário ao atacante, além de um bônus de ética e um bônus de assinatura previstos em contrato. Além disso, não houve comprovação de que Mbappé tenha aberto mão desses valores.
A advogada do jogador, Frederique Cassereau, comemorou o resultado e afirmou que a decisão já era esperada diante do não pagamento dos vencimentos. Ela ressaltou que o caso se aplica à legislação trabalhista francesa.
O tribunal reforçou que esses débitos haviam sido reconhecidos em decisões da Liga Profissional de Futebol Francês (LFP), emitidas em setembro e outubro de 2024.
O tribunal rejeitou a tese do PSG de que Mbappé deveria perder os valores em atraso, mas também negou pedidos feitos pelo jogador, como indenizações por trabalho oculto, assédio moral e descumprimento do dever de segurança.
Outro ponto importante foi o entendimento de que o contrato de Mbappé não poderia ser equiparado a um vínculo permanente.
O PSG havia alegado que o atacante agiu de maneira desleal ao não informar com antecedência a decisão de não renovar o contrato, o que teria impedido o clube de negociar uma transferência semelhante aos 180 milhões de euros pagos ao Monaco em 2017.
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