A permanência de John Textor à frente da SAF do Botafogo está cada vez mais incerta. Segundo o jornalista Octávio Bocão, em live no canal “Resenha Alvinegra” nesta segunda-feira (06/10), o empresário norte-americano pode deixar o controle do futebol alvinegro em meio ao agravamento da crise interna e financeira do clube.
De acordo com Bocão, Textor e o presidente do Botafogo associativo, João Paulo Magalhães Lins, não estão mais se falando. Apesar de terem aparecido juntos na cerimônia da Bola de Ouro, em Paris, no último dia 22 de setembro, o clima entre os dois era descrito como "péssimo".
Além do desgaste político, o Botafogo enfrenta dificuldades financeiras e precisaria levantar cerca de US$ 200 milhões (R$ 1,06 bilhão) para encerrar o ano de 2025 e garantir estabilidade em 2026.
Mais cedo, o jornalista Wellington Arruda informou que a situação de Textor era incerta.
Já o ex-vice-presidente do Botafogo e candidato derrotado na última eleição, Vinicius Assumpção, usou as redes sociais para negar que o Textor saiu do clube, após um rumor de adeus imediato.
– Estão circulando boatos de que John Textor teria abandonado a SAF do Botafogo. Isso não é verdade! Posso afirmar que ele continua à frente da SAF Botafogo e também da Eagle. Precisamos manter a calma e ter cuidado com o que é divulgado nas redes sociais – escreveu Vinicius em sua conta na rede social "X".
Diante desse cenário, uma reunião está marcada para quinta-feira (09/10), com a presença do CEO Thairo Arruda, do diretor de gestão esportiva Alessandro Brito e do diretor de coordenação de futebol Léo Coelho, para começar o planejamento da próxima temporada.
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Textor perdeu o controle do Botafogo?
De acordo com o portal Gazeta Botafogo, grupos de investidores ligados à Eagle Football Holdings e à Ares Management Corporation estariam se unindo para destituir o empresário do controle da SAF alvinegra. A disputa teria ganhado força após uma sequência de decisões polêmicas e dificuldades financeiras atribuídas à sua gestão.
Ainda segundo a publicação, o grupo Iconic Sports, liderado por James Dinan, Alexander Knaster e Edward Eisler, teria conseguido derrubar uma liminar que assegurava a Textor o comando de parte das operações. A medida teria acelerado os planos para seu afastamento definitivo, já que o norte-americano enfrenta resistência crescente entre os acionistas por conta de pendências financeiras e contratações contestadas.
A pressão sobre Textor aumentou após sua retirada do comando do Lyon, em junho de 2025, e se intensificou com tentativas frustradas de comprar o Sheffield Wednesday, mesmo diante de dívidas acumuladas. A condução desses processos teria provocado descontentamento entre os parceiros da Eagle, que se sentiram prejudicados por sua administração.
As críticas se ampliaram após a parceria com Evangelos Marinakis, proprietário do Nottingham Forest, que envolveu a venda de atletas como John, Jair, Cuiabano e Igor Jesus por valores vistos como abaixo dos esperados.
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