O Lyon abriu uma investigação interna para averiguar possíveis irregularidades em transferências envolvendo o Botafogo e o dono da SAF do clube brasileiro, o americano John Textor. Segundo o jornal L’Équipe, o clube francês teria se surpreendido com a cobrança de valores de jogadores que nunca defenderam o time.
De acordo com o veículo, o Lyon recebeu cobranças da empresa de investimentos MCCP Investiment Partners, que antecipou receitas relativas às transferências de cinco jogadores: Igor Jesus, Luiz Henrique, Savarino, Thiago Almada e Jair Cunha. Desses, apenas Almada defendeu o clube francês.
A situação recebeu do L’Equipe a descrição de “o mais recente escândalo herdado da era Textor”. O americano controlou tanto o Botafogo quanto o Lyon, ao mesmo tempo, pela Eagle Football Holdings. No entanto, ele foi afastado do clube francês em junho deste ano devido ao caos financeiro que quase resultou no rebaixamento do time.
Textor teria antecipado receitas envolvendo as negociações dos jogadores com a MCCP, no entanto, as transferências nunca foram registradas pela LFP (Liga Profissional de Futebol da França).
Matéria de página dupla do @lequipe fala sobre como John Textor usou sua rede multiclubes e a relação com Marinakis (N. Forest) para transferências fantasmas com o objetivo de maquiar os balanços. Órgão de controle financeiro do futebol francês (DNCG) deve pedir explicações. Pic.twitter.com/azlGlfpG95
— Leonardo Bertozzi (@lbertozzi) December 3, 2025
No total, as transações - feitas entre julho de 2024 e março de 2025 - totalizaram um débito de 120 milhões de euros (R$ 742,12 milhões, na cotação atual) ao Lyon.
A ESPN já havia divulgado, em agosto deste ano, que o Botafogo está cobrando o Lyon pelas transferências, afirmando não ter recebido o valor das negociações - que, por outro lado, foram lançados pela Eagle nos balanços dos times de Brasil e França.
John Textor continua presidindo a SAF do Botafogo. No Lyon, apesar de ter sido afastado, o Eagle Football Holdings continua no comando do time francês. No entanto, que comanda as operações é a empresária Michele Kang, que assumiu após o afastamento de Textor.
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