O Corinthians foi condenado pela Justiça do Trabalho a pagar mais de R$ 700 mil ao atacante uruguaio Franco Delgado, de 20 anos, ex-jogador do time sub-20. A decisão é de primeira instância e ainda cabe recurso.
Delgado foi contratado em março de 2024, junto ao Danúbio-URU, e obteve a rescisão indireta do contrato em junho deste ano, alegando que o Corinthians não realizou os depósitos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) de forma regular. O contrato iria até março de 2027.
Na sentença, o juiz Rodrigo Rocha Gomes de Loiola confirmou a rescisão e determinou que o Corinthians pague valores referentes a aviso-prévio, multas, FGTS e outras verbas trabalhistas.
O advogado do atleta, Filipe Rino, apresentou um cálculo de R$ 706.498,61, valor que inclui correção monetária, honorários e custas judiciais. O Corinthians informou que não vai se pronunciar sobre o caso.
Quanto tempo Franco Delgado não recebeu FGTS?
No processo para conseguir a rescisão indireta, o uruguaio assegurou que possuía "vários meses" de atraso no FGTS. O clube reconheceu a ausência nos depósitos de maio, junho e dezembro de 2024, além de janeiro, fevereiro, março e abril de 2025. Segundo a Lei Pelé (Lei 9.615/1998, artigo 31), se o clube atrasar o salário ou direito de imagem por três meses ou mais, o contrato pode ser rescindido.
O Corinthians, na defesa, assegurou que o jogador queria se livrar do pagamento da indenização pelo rompimento do contrato e afirmou que tinha os salários em dia.
Revelado pelo Danúbio-URU e com passagem pela seleção de base do Uruguai, Franco Delgado, de 1,83m, disputou apenas 13 partidas e marcou dois gols pelo sub-20 corintiano. Após deixar o clube, ele acertou em agosto com o Cerro Largo-URU.
No Cerro Largo, já atuando como profissional, disputou apenas três jogos até aqui, todos saindo do banco de reservas, e ficando somente sete minutos em campo.
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