O caso de Justiça entre o atacante Dudu e a dirigente do Palmeiras, Leila Pereira, ganhou novos capítulos nesta semana. Nesta quinta-feira (04/09), Dudu pediu as provas que pretende mostrar em eventual audiência no processo onde Leila lhe cobra uma indenização de R$ 500 mil. O jogador também quer o mesmo valor por danos morais.
Entre as solicitações do jogador, está que Leila seja condenada a pagar indenização de R$ 500 mil a ele por conta de manifestações feitas pela presidente alviverde em entrevistas. O atleta também exige que a dirigente se retrate de maneira pública, inclusive com vídeos nos telões do Allianz Parque.
Entre as petições para serem apresentadas na audiência estão as de que a Justiça de São Paulo faça uma perícia para avaliar se causou um prejuízo de R$ 22 milhões ao Palmeiras, conforme alega Leila Pereira, presidente do Verdão, e que o perito analise a expressão "VTNC", usada por ele em referência à dona da Crefisa, e se isso se configura como uma ofensa.
Ele quer que essa terceira perícia também mostre que ele renunciou a receber o saldo remanescente de sua multa do FGTS, que ultrapassa R$ 25 milhões, além da proposta recebida pelo Palmeiras encaminhada pelo Cruzeiro e ainda os balanços contábeis do Palmeiras para analisar os recursos advindos a favor com as premiações e aumentos de contratos de patrocínio, bilheteria, entre outros.
Além disso, o jogador cobra um depoimento pessoal de Leila Pereira, para esclarecimento das exposições públicas e suposta conduta que, segundo a defesa, "levou a desconstruir a imagem de Dudu".
O caso segue tramitando na 11ª Vara Cível do TJ-SP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo) e será julgado pelo juiz Sérgio Serrano Nunes Filho.
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Dudu x Leila Pereira: como a briga começou
O conflito entre Leila Pereira e Dudu começou em maio de 2024, quando o jogador foi anunciado pelo Cruzeiro após firmar um pré-acordo, mas voltou atrás e acabou seguindo no Palmeiras até o fim do ano, quando rescindiu contrato e, de fato, foi para a Raposa. Em janeiro de 2025, Leila afirmou publicamente que o atacante "saiu pela porta dos fundos", comentário que gerou forte reação por parte do atleta.
Em resposta, Dudu publicou em suas redes sociais: "O caminhão estava pesado e mandaram eu sair pelas portas do fundo!!! Minha história foi gigante e sincera, diferente da sua senhora Leila Pereira. Me esquece. VTNC.", marcando o perfil da presidente do clube.
Por conta da expressão "VTNC", Leila Pereira moveu processo contra Dudu no fim de janeiro e pediu R$ 500 mil em indenização por danos morais. Em 12 de abril, foi revelado pelo site "Nosso Palestra" que os advogados de Dudu alegaram que a sigla era a abreviatura de "Vim Trabalhar no Cruzeiro", não um xingamento. A defesa de Dudu teve 66 páginas e afirmou que o atacante sofreu assédio moral e psicológico na saída do Palmeiras.
Em entrevistas posteriores depois da troca de farpas, Leila reforçou o tom crítico e atribuiu as reações do jogador ao machismo. "Se fosse um homem, ele não teria coragem de fazer isso, como nunca houve na história do futebol brasileiro", disse. Em maio, voltou ao tema: "Não tenho dúvida que tudo o que esse atleta fez é porque sou mulher."
No dia 18 de julho, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva condenou o atacante pelas ofensas proferidas em rede social contra a presidente do Palmeiras, Leila Pereira. O jogador do Atlético-MG foi condenado a seis jogos de suspensão e multa de R$ 90 mil.
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