A Casa Branca, residência oficial do presidente dos Estados Unidos, receberá um visitante ilustre nesta terça-feira (18/11). Após indícios de uma simpatia mútua, Donald Trump e Cristiano Ronaldo finalmente se conhecerão pessoalmente.
De acordo com o jornal português Correio da Manhã e com o jornalista americano Jake Taylor, correspondente da MSNOW, Trump irá receber o astro do futebol e, também, o príncipe herdeiro saudita, Mohammed Bin Salman.
Porém, o jogador do Al-Nassr já enfrentou processos jurídicos nos Estados Unidos, que já o fizeram evitar a ida para o país por muitos anos.
Cristiano Ronaldo ainda passa por questões judiciais nos EUA? Ele é proibido de entrar no país? O AllSportsPeople detalha o caso.
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Cristiano Ronaldo é proibido de entrar nos EUA?
Não há informações oficiais que indiquem que Cristiano Ronaldo tenha sido proibido de entrar nos Estados Unidos. Os rumores acontecem por causa das acusações de estupro vindas da ex-modelo Kathryn Mayorga, em episódio que teria acontecido em 2009, em Las Vegas.
Apesar de a situação ter gerado especulações sobre possíveis consequências legais para o jogador, as autoridades americanas não emitiram nenhuma ordem de restrição à entrada dele no país.
Além disso, o jogador foi alvo de um processo milionário nos EUA por participar de campanhas publicitárias da Binance, uma corretora de criptomoedas. A ação coletiva foi movida por investidores que afirmam terem sofrido prejuízos financeiros. A indenização buscada era superior a 1 bilhão de dólares (cerca de R$ 5 bilhões).
Em 2022, ele fechou uma parceria com a empresa para promover uma coleção de NFTs com a própria marca. Com isso, os investidores afirmam que o atleta incentivou os seguidores a investir em produtos da Binance, incluindo criptomoedas e serviços financeiros não registrados na Comissão de Valores Mobiliários dos EUA.
Outro problema foi que Ronaldo não teria divulgado da maneira correta os pagamentos recebidos, o que violaria as regras de transparência exigidas para influenciadores que promovem ativos financeiros nos Estados Unidos.
Cristiano Ronaldo evita ir aos EUA?
De acordo com o jornal estadunidense 'The New York Times', organizadores da International Champions Cup (ICC), torneio de amistosos disputada até 2019, decidiram excluir a Juventus da edição daquele ano nos Estados Unidos devido ao risco de prisão de Cristiano Ronaldo, cujo processo de estupro ainda estava em curso.
Como resultado, a Juventus participou da versão asiática da ICC, com jogos previstos na China e em Singapura.
A Juve refutou a versão do jornal, alegando que jogar na Ásia seria uma decisão estratégica, uma vez que o clube fez turnê pelos EUA nos anos anteriores.
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Relembre acusação de estupro contra Cristiano Ronaldo
A ex-modelo e professora americana Kathryn Mayorga abriu processo judicial contra Cristiano Ronaldo, acusando-o de tê-la estuprado em um quarto de hotel em junho de 2009, em Las Vegas, nos EUA.
Segundo o relato de Mayorga, os dois se conheceram em uma boate e, em seguida, foram juntos até a suíte onde o crime teria acontecido.
De acordo com a acusação, o jogador a teria forçado a manter relações sexuais contra a própria vontade. Pouco tempo depois, Mayorga procurou a polícia e passou por um exame de corpo de delito. Na época do crime, ela não identificou o português como o autor da agressão, alegando medo da repercussão e do poder do jogador.
O caso voltou à tona anos depois, após o site alemão 'Der Spiegel', com base em documentos vazados pelo Football Leaks, divulgar que Cristiano Ronaldo teria firmado um acordo extrajudicial com Mayorga no valor de US$ 75 mil em troca do silêncio da vítima e da assinatura de um termo de confidencialidade.
O atleta, por meio dos advogados, sempre negou as acusações, afirmando que o ato sexual foi consensual. Eles também argumentam que o acordo foi feito para evitar uma disputa legal prolongada e que não significaria uma admissão de culpa.
Em 2018, a mulher entrou com um novo processo civil, pedindo a anulação do acordo de confidencialidade, que teria sido assinado sob pressão emocional. O Departamento de Polícia de Las Vegas reabriu a investigação.
No entanto, em 2019, o Ministério Público de Nevada decidiu não apresentar acusações formais contra o jogador, por falta de provas conclusivas, e a investigação criminal foi encerrada.
Em 2022, uma juíza dos Estados Unidos rejeitou o processo movido por Mayorga, por suposta má conduta dos advogados dela, que teriam usado documentos confidenciais obtidos de forma inadequada para basear as alegações.