Novo Autódromo do Rio: onde vai ficar, custo e data de abertura

Editorial Team
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Divulgação

O traçado do novo Autódromo do Rio de Janeiro foi apresentado oficialmente nesta quinta-feira (06/11), em um evento na Cidade das Artes. Orçado em mais de R$ 1,3 bilhão, o projeto prevê capacidade para 120 mil espectadores e deve ter suas obras iniciadas no primeiro trimestre de 2026, com duração estimada de dois anos.

Localizado no Parque de Guaratiba, na Zona Oeste, o autódromo ocupará uma área de mais de dois milhões de metros quadrados. O desenho da pista foi elaborado para favorecer ultrapassagens e proporcionar alta velocidade média – cerca de 241 km/h. O prefeito Eduardo Paes participou do evento e ressaltou que o investimento será totalmente privado.

– É tudo recurso privado, sem uso de dinheiro público. A previsão é começar as obras no início de 2026, e acredito que em 2029 o autódromo estará pronto. A ideia é que o Rio volte a sediar grandes categorias, como Fórmula 1, MotoGP e Indy – disse Paes.

Com 4,7 km de extensão, o circuito seguirá os padrões da FIA Grau 1 e FIM Grau A, o que o habilita a receber as principais competições de automobilismo e motociclismo mundial. Serão quatro retas — duas delas principais e paralelas – e dez curvas, além da possibilidade de adaptação para 11 configurações diferentes. O desenho foi desenvolvido pelos mesmos projetistas responsáveis pelos circuitos de Mandalika (Indonésia) e Navarra (Espanha).

A estrutura permanente está sendo desenvolvida pela empresa Populous, reconhecida por projetos como o circuito de Silverstone, no Reino Unido, e a arena Sphere, em Las Vegas. O complexo incluirá arquibancadas, estacionamentos, heliponto, áreas VIP, lojas e um paddock moderno.

– A proposta é criar um novo ícone esportivo no Rio, com foco na experiência do público e no fortalecimento do automobilismo na região – afirmou Thiago Nunes, da Populous.

O projeto, denominado Parque Autódromo de Guaratiba, foi aprovado pela Câmara dos Vereadores e contará com ligação direta ao sistema BRT, incluindo uma estação exclusiva para o público em dias de corrida.

Sustentabilidade também é um dos pilares do plano. A construção deve adotar práticas ecológicas, como reuso e captação de água da chuva, iluminação em LED e economia de energia. Os edifícios poderão ter telhados verdes, e o entorno contará com jardins de chuva e bueiros ecológicos.

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F1 tem contrato com São Paulo até quando?

O Grande Prêmio de São Paulo, disputado no Autódromo de Interlagos, continuará no calendário da Fórmula 1 até 2030. O acordo, que originalmente se encerraria em 2025, foi prorrogado por mais cinco anos, mantendo os mesmos termos e valores do contrato anterior (2021–2025).

O anúncio foi feito em 3 de novembro de 2023, durante coletiva com o CEO da F1, Stefano Domenicali, o promotor do GP, Alan Adler, e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes. A renovação ocorreu após o interesse de outras cidades em sediar a etapa brasileira, o que levou a prefeitura paulistana a garantir a continuidade do evento em Interlagos.

Rio de Janeiro já teve corrida da F1?

O Rio de Janeiro já recebeu corridas de Fórmula 1 no antigo Autódromo Internacional Nelson Piquet, mais conhecido como Jacarepaguá, localizado na Zona Oeste da cidade. O circuito sediou o Grande Prêmio do Brasil em dez edições (uma em 1978 e nove de 1981 a 1989).

A primeira prova carioca, em 1978, teve vitória do argentino Carlos Reutemann, pela Ferrari. Depois disso, a Fórmula 1 voltou ao Rio em 1981 e permaneceu até 1989, período em que pilotos lendários venceram na pista, como Alain Prost, Nelson Piquet e Nigel Mansell. O brasileiro Piquet triunfou duas vezes em casa, em 1983 e 1986, e Prost foi o maior vencedor em Jacarepaguá, com quatro vitórias.

O traçado era elogiado por ser rápido e técnico, com longas retas e curvas desafiadoras, tornando-se um dos preferidos dos pilotos da época. No entanto, o autódromo acabou desativado e demolido nos anos 2000 para dar lugar ao Parque Olímpico da Barra da Tijuca, construído para os Jogos Olímpicos de 2016.

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Staff Writer