Clima quente no Morumbis: como foi o protesto da torcida do São Paulo?

Gabriel Santos

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O São Paulo encara o Ceará, nesta segunda-feira (29), às 20h, no Morumbis, pelo Campeonato Brasileiro. Antes do duelo, os torcedores são-paulinos realizam um protesto nos arredores do estádio após a eliminação para a LDU na Libertadores. 

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Como foi o protesto

Na noite desta segunda-feira (28), torcedores do São Paulo se mobilizaram em um protesto nos arredores do MorumBis, quatro dias depois da eliminação na Copa Libertadores. A manifestação, realizada antes da partida contra o Ceará pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro, expressou não apenas a insatisfação com o desempenho dentro de campo, mas também com os rumos da administração do clube.

Com faixas, cânticos e críticas diretas à diretoria e ao elenco, o ato chamou atenção pelo tom das mensagens e pela simbologia, apesar do público reduzido e da forte presença policial.

A principal motivação foi a queda diante da LDU, do Equador, mas também houve reclamações sobre a negociação de atletas revelados nas categorias de base. Em nota oficial, o presidente Júlio Casares se dirigiu aos torcedores e pediu desculpas:

— Primeiro, quero me desculpar com cada um de vocês pelas frustrações e dores que uma eliminação, ou mesmo uma derrota em qualquer situação, causa em cada um dos mais de 20 milhões de tricolores espalhados pelo mundo. Como todos sabem, vivemos um período de sacrifícios para implantar uma reestruturação financeira e deixarmos o Tricolor mais saudável economicamente. Este é um processo difícil, mas absolutamente necessário para o Clube. Neste percurso, vamos enfrentar diversos obstáculos e frustrações consequentes desta caminhada vital para o futuro do São Paulo — afirmou.

O protesto foi liderado pela Independente, maior torcida organizada do clube, com apoio de outros grupos. Entre as faixas exibidas nas imediações do estádio, uma das mais polêmicas comparava o departamento médico tricolor ao Sistema Único de Saúde: “DM pior que o SUS”. Também houve pedidos pelo fim do voto secreto no Conselho, críticas à situação financeira — “Dívidas aumentando, receitas diminuindo” — e exigências pela extinção dos conselheiros vitalícios, vistos como um entrave para modernizar a política interna.

Os principais alvos das críticas foram o presidente Júlio Casares, o diretor de futebol Carlos Belmonte e o executivo Rui Costa. Faixas pedindo a saída dos dirigentes e cânticos com ofensas reforçaram a insatisfação. Em tom simbólico, alguns torcedores chegaram a levar um caixão com os nomes de Casares e Belmonte, em sinal de rejeição à atual gestão.

O elenco também não passou ileso. Os manifestantes pediram mais comprometimento e cobraram que os jogadores honrem a camisa, classificando alguns atletas como “sem vergonha” e exigindo mais entrega em campo, especialmente no momento em que o time tenta se recuperar no Brasileirão.

Apesar da tensão e da presença de faixas duras, o protesto foi acompanhado por um esquema de segurança robusto. A Polícia Militar deslocou cavalaria, helicóptero e efetivo reforçado, mas a manifestação ocorreu sem incidentes graves, permanecendo restrita a palavras de ordem e atos simbólicos.

Siga o protesto

18:45 - Diretoria segue sendo o principal alvo da torcida 

18:33 - Gritos de ordem foram entoados na frente do Morumbis. Belmonte e Casares foram cobrados. 

18:30 -  Faixas criticando cargos do clube, DM e pedidos de transparência estão nos protestos da torcida do São Paulo.

18:20 - Torcida do São Paulo estendeu faixas com dizeres contra o DM do clube, além dos dirigentes Carlos Belmonte, Casares e Chapecó. Caixões com os rostos dos dirigentes foram colocados. 

 

Gabriel Santos

Gabriel de Sá Santos é formado pela Universidade Paulista - UNIP. Tem passagens pelos sites Lance!, Esporte News Mundo e Better Colective (Bolavip). Está no Sporting News desde 2024.